As mulheres do Flamengo

Olá Nação Rubro Negra,

Zico, Nunes, Zizinho, Gabriel Barbosa, Adriano, entre outros, ídolos do nosso Flamengo, mas alguma vez você já parou para se perguntar “quem são as mulheres que fizeram história no Flamengo? ”. No Coluna Delas hoje, iremos conhecer a história de 4 mulheres que deixaram seus nomes marcados nos 124 anos de conquistas do clube. Seja na arquibancada incentivando o time, seja em campo conquistando títulos ou até mesmo na diretoria do clube, elas fazem a diferença.

Homenageada no Samba enredo da Estácio de Sá, Érica Lopes mais conhecida como Gazela Negra, o maior nome do atletismo rubro –negro, chegou no Flamengo em 1960 com 22 anos idade, se destacou em clubes do Rio Grande do Sul e veio fazer história no mais querido. Em entrevista para a FLA TV ela declarou “Fui campeã carioca desde que cheguei. A primeira coisa que eu quis saber quando cheguei aqui eram os recordes femininos que tinham, porque eu queria bater todos. E bati”.

O apelido de Gazela Negra surgiu durante os Jogos de Primavera, remetendo ao animal mais rápido do planeta. Uma das suas histórias marcantes foi a conquista do Troféu Brasil, no qual sua irmã faleceu um dia antes da competição, e ela chorando venceu todas as provas para sagrar o Flamengo campeão. Após se aposentar, Érica voltou para o clube com treinadora do time entre os anos 1970 e 1990.

Outra que marcou seu nome foi Jaqueline Silva, também conhecida como Jackie, foi descoberta aos noves anos por Ênio Figueiredo no Cólegio Notre Dame, foi pentacampeã carioca no rubro negro (1973-1974-1975-1977 e 1978).

Protagonizou polemicas ao longo da careira por lutar pelos seus direitos como mulher atleta, um deles resultando em sua suspensão da seleção brasileira, quando ao recusou-se a usar o uniforme com o nome do patrocinador, sem receber nada por isso. Após fazer história nas quadras, Jackie rumou para o vôlei de praia, em 1996 em Atlanta, quando a modalidade estreava nos Jogos Olímpicos, ela e sua parceira Sandra Pires tornaram-se as primeiras mulheres brasileiras a conquistarem uma medalha de ouro olímpica em 100 anos de Olimpíadas.

Chegando do SESI de Santo André, Daniele Hypólito chegou ao mais querido em 1994 para levar o clube a vitória. Em 1996, foi a primeira no Campeonato Nacional Brasileiro na categoria individual geral. No ano seguinte, atingiu três expressivos resultados: conquistou o Campeonato Brasileiro no concurso geral e foi primeira por equipes, nas barras assimétricas e no solo, no Campeonato Pan-americano. Aos 15 anos, estreou em uma Olimpíada. Foi a primeira ginasta brasileira a conquistar uma medalha em um Mundial. Ao todo, foram cinco participações olímpicas e dez medalhas em Pan-Americanos. Pelo Flamengo, conquistou diversos campeonatos brasileiros. Voltou ao rubro negro em 2016 mas em 2017 acabou acertando com São Bernardo do Campo, equipe onde já estava seu irmão, agora em 2020 se reapresentou ao time, visando a conquista de sua sexta Olimpíada.

Patrícia Amorim chegou ao Flamengo em 1977, conquistando para o rubro negro 28 campeonatos brasileiros nos 200, 400, 800 e 1500 meros livre. Responsável por quebrar 29 recordes sul-americanos, dois deles quando ainda tinha 14 anos, ela marcou seu nome. Aos 25 deixou de lado as piscinas, para atuar dentro do clube como professora, diretora, supervisora vice-presidente de Esportes Olímpicos.

No dia 7 de dezembro de 2009 se tornou a primeira mulher a ocupar a presidência do Clube de Regatas do Flamengo. Assumiu o clube com diversos problemas, seu mandado também foi marcado por conflitos internos com jogadores, dirigentes e membros da comissão técnica. Seu maior feito foi a contratação de Ronaldinho Gaúcho, que garantiu espetáculos ao futebol não sendo um fracasso total salvo a conquista do campeonato carioca em 2011.

Com exímios nomes em sua história, o Mais Querido faz historia com os Esportes Olímpicos, cabe a nós torcedores apoiar e homenagear a extensa relação do clube com tais modalidades e celebrar os nomes de nossas atletas, para que elas sigam escrevendo novos e marcantes capítulos na trajetória do Flamengo.

Acompanhe o consulado nas redes sociais:

Twitter: @Meninas_SRN

Instagram: @Meninas_SRN